terça-feira, 25 de fevereiro de 2020

QUE ALEGRIA É ESSA DO CARNAVAL?



Que alegria é essa do Carnaval?

Prof.Guilherme Falcão

O carnaval brasileiro se tornou uma das maiores festas populares do mundo. É uma festa celebrada em países e comunidades de religião católica romana. No Brasil quem a
introduziu foram os portugueses, e o que muito contribuiu foi a cultura negra das cidades do Rio de Janeiro e de Salvador. Procurando conhecer um pouco mais através do dicionário e enciclopédias, descobri que são festas que se iniciam
três dias antes da quarta-feira de cinzas, dedicadas a diferentes tipos de diversões e folias. Consistem em desfiles ou cortejos, que se realizam em lugares públicos ou fechados como clubes, geralmente com grande liberdade de comportamento. É também conhecida como "festa da carne",ou seja, as pessoas dão evasão aos desejos da carne (instintos).
É do conhecimento de todos por meio das estatísticas oficiais do governo, que durante o período do carnaval há muitos acidentes, mortes, prisões, contaminações pelo vírus da AIDS, além de gravidez indesejadas. O resultado das festas de carnaval é preocupante, não só para o governo, mas, para a sociedade como um todo.
Já é uma festa de tradição, principalmente as escolas de samba, que começaram na década de 30 no Brasil. Hoje os desfiles delas tornaram-se por demais sofisticados. Já fazem parte da nossa cultura. O carnaval como é e se apresenta, quase se tornou
algo inevitável para a grande maioria dos brasileiros. Mas creio que há possibilidade de fazermos uma diferença provocando uma contra-cultura saudável ao carnaval. O que faz alguém querer nestes dias extravasar um tipo de comportamento que não lhe é comum? Que busca de "alegria" é esta que traz tanta dor, sofrimento e perdas?.
Você pode estar pensando: "Mas, quase todo mundo faz, porque eu não faço?"
Fazer algo porque todo mundo faz me parece ser um viver sem opinião própria, sem fazer uma análise crítica. O filósofo Sócrates certa vez falou: "uma vida que não é analisada, não merece ser vivida." Por outro lado você pode dizer para você mesmo: "Se eu não faço o que todo mundo me diz para fazer, o que vão pensar de mim?" Quem vive para agradar aos outros, termina desagradando a si e aos outros.
Muitas pessoas dizem: "Eu preciso ser feliz", ou ouvimos "você merece ser feliz". Seria, naturalmente, doentio alguém querer ser infeliz. Mas parece que quanto mais as pessoas buscam poder, status, beleza física, amores, etc., para encontrarem a felicidade, menos encontram. O que realmente é importante na vida? O que pode de modo significativo fazer uma mudança para melhor?
Creio que podemos nos alegrar em família e com amigos de maneira diferente e criativa, buscando também vivermos com sentidos e significado não só em momentos de lazer, mas também no trabalho, estudo, vida amorosa, nas amizades e experimentar ter uma vida mais solidária, vivenciando socialmente, culturalmente, espiritualmente, enfim, todas as áreas da vida plenamente. Aí
sim, não será o carnaval a maior festa para nos alegrar, mas, teremos alegrias em diversos momentos e áreas da nossa vida ao longo do ano, sem causarmos prejuízo á nós e aos outros ou a nós mesmos. Pode-se viver com alegria, fé e esperança em Deus, para uma vida plena de sentidos, sem precisar enfrentar tragédias evitáveis!

3 comentários:

Alexandre Salviano disse...

Parece-me que seria improvável obter qualquer espécie de equilíbrio nas ações quando falamos da folia do carnaval. Pensar um carnaval mais saudável, sem tantos exageros, parece-me um tanto utópico. Creio que a massa não conseguiria enxergar a curto prazo esses benefícios citados pelo amigo, pois como é dito, no popular, "trata-se do ópio do povo", aquela necessidade ilusória que vem atravancada na cultura de uma nação, nação esta que carece de coisas mais triviais e mais importantes.

REFLEXÕES SOBRE A VIDA disse...

Concordo contigo Alexandre, mas, a contra cultura disto é buscar nestes dias fazer uma lazer saudável, longe desta "folia" que provoca tantas tragédias,como o que tá acontecendo na apuração das escolas agora em S. Paulo. O resultado de tudo veremos mais nestes próximos dias! obrigado!

Orlie disse...

LENDO ESSE TEU COMENTÁRIO, ME SINTO MENOS PEIXE FORA D’ÁGUA E MENOS “NERD”, EU QUE HÁ MUITO ME RETIRO DAS FESTAS POPULARES, QUE VEJO NESSA “ALEGRIA” COLETIVA, NA VERDADE UMA EUFORIA QUE NÃO LEVA A NADA DE SIGNIFICATIVO NEM PROVEITOSO… GOSTO DE COMEMORAR, SIM, MAS DE OUTRA FORMA, EM REUNIÕES TRANQUILAS, JANTARES PRAZEROSOS, EVENTOS ONDE SE PODE CONVERSAR E NÃO SE ABUSA DE DROGAS E BEBIDA, ONDE O CORPO NÃO PRECISE SER EXAGERADAMENTE EXPOSTO E OFERECIDO DE FORMA DEGRADANTE. PORQUE É FATO QUE, EM DIAS DE FESTAS POPULARES NO BRASIL, DÁ MEDO DE SAIR ÀS RUAS, DE IR AOS LOCAIS PÚBLICOS, DE PEGAR A ESTRADA, JÁ QUE NESSES DIAS A VIDA NÃO TEM MUITO VALOR, O RESPEITO É ESQUECIDO E O QUE VALE É EXTRAVASAR UMA HISTERIA COLETIVA QUE GERALMENTE TERMINA EM MORTE, FERIDOS OU COMO VOCÊ MESMO DISSE, EM CONTAMINAÇÃO POR VÁRIAS DOENÇAS, E LEMBRO AINDA QUE TAMBÉM NA GERAÇÃO DE CRIANÇAS INOCENTES, SEM AMOR ALGUM NO ATO E SEM ESTRUTURA NENHUMA PARA RECEBÊ-LAS… LAMENTO AINDA QUE A MÁQUINA NACIONAL SEJA DISPONIBILIZADA PARA PROMOVER ESSAS FESTAS E PARA ALIMENTÁ-LA SOB O JULGO DE QUE DESSA FORMA ESTÁ SE DANDO LIBERDADE AO CIDADÃO DE DIVERSÃO E INTERAÇÃO. HÁ MUITO QUE SE APRENDER NO BRASIL NO QUE DIZ RESPEITO À LIBERDADE E RESPONSABILIDADE.